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Por que nenhuma mulher é suficiente para a família do homem?

  • Foto do escritor: Karen Faria
    Karen Faria
  • 16 de jul.
  • 3 min de leitura
"Eu fui a melhor coisa que já aconteceu com ele"
"Eu fui a melhor coisa que já aconteceu com ele"

Você pode ser educada, ter princípios, ser inteligente, trabalhar, fazer faculdade, ser de uma boa família e ter um coração generoso (porque no final, eu sei bem como o seu desejo é agradar a família do seu parceiro), mas, para algumas famílias, nada disso importa.

 Por mais que você se esforce, parece que sempre falta algo. E aí vem a pergunta: por que nenhuma mulher é realmente suficiente para a família do homem que ela ama? A verdade é que esse julgamento muitas vezes não tem a ver com você, mas com expectativas irreais, medo de perder controle e uma certa resistência em aceitar que o filho cresceu. 

Muitas famílias, especialmente as mais tradicionais, criam uma relação de posse com o filho homem. Ele é visto como o bebê, o protegido, aquele que nunca erra. Quando aparece com uma parceira, essa mulher já entra em cena sendo comparada, observada, testada. E, nesse jogo silencioso, a família dele faz questão de deixá-la sempre em segundo lugar.

Não importa o quão incrível você seja: se a família ainda o vê como uma criança, você será sempre uma intrusa. 



Algumas famílias têm uma imagem muito específica do tipo de mulher que o filho deveria se relacionar. Pode ser por questões de: Classe social, religião ou comportamento (e obviamente o seu lado, a sua criação, estão errados e nunca serão bons o suficientes). 

O problema? Essa "nora perfeita" não existe. E mesmo que você se encaixe em 90% do que eles esperam, sempre haverá um 10% de crítica (porque, no fundo, eles não querem que ninguém seja bom o bastante). 

Quando um homem dá indícios que quer formar sua própria família, os pais podem sentir que estão perdendo o lugar principal na vida dele. E, em vez de aceitar que isso é natural, transferem a frustração para você:  Se ele passa mais tempo com você, a culpa é sua; Se ele toma decisões sem consultar os pais, você fez a cabeça dele;  Se ele está feliz, é porque ainda não percebeu seus defeitos. É um jogo psicológico em que você nunca vai ganhar, porque a regra é: ele deve lealdade à família de origem, não a você. E como a rejeição não é escancarada, mas sutil ("Ela é ótima mas...") a mulher começa a se perguntar o que falta nela.



 Enquanto sociedade, ainda carregamos resquícios de que a mulher deve ser a parte flexível do relacionamento, a que se adapta, a que se desgasta para caber. Mas a psicanálise nos lembra: quando você se esvazia para ocupar um lugar que não é seu, o vazio que sobra não é culpa sua, é sintoma de um sistema que ainda não aprendeu a ver as mulheres como inteiras, porque continua enxergando-as como complementos. 

Durante o tempo em que você se preocupa em ser "suficiente", talvez a pergunta certa seja: “Eles são suficientes para merecerem meu respeito e esforço?".  Porque no fim, quem define seu lugar não é a família dele, é você! É o lugar que você escolher, independentemente do papel/função que eles atribuem a você. Quanto mais você se adequar, mais a meta será inalcançavel (e você foi a melhor coisa que já aconteceu com ele mas a família dele jamais aceitará isso).


*Esse texto é para todas as mulheres que estão tentando caber nessa caixa. Saia dela enquanto é tempo, não deixe a família dele mudar quem você é <3

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